quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

21 anos

Há alguns dias, completei 21 anos de idade. Idade difícil. Não muda nada na sua vida, além de você ficar mais velho. Mas a sensação é estranha... O número deixou de ser um número redondo, acrescentou-se o ‘1’ e eu, finalmente, me sinto pulando da primeira para a segunda década da minha vida.

Quando era pequena, olhava os ‘adultos’ de 21 anos e pensava que eles eram tão grandes e maduros, imaginando que quando chegasse minha época, eu seria parecida. Não sou. Sou baixinha e, por vezes, não me sinto adulta.

No dia do meu aniversário, tenho costume de pensar no que tenho feito da minha vida, nas realizações daquele ano e compará-los aos anteriores, estabelecendo ‘metas’ para os próximos que virão, se Deus quiser.

Confesso a vocês, minha preocupação quando ‘olhei para trás’ e percebi como a minha vida poderia ter sido tão diferente se as escolhas tivessem sido outras, profissionalmente falando. Isso é óbvio.

Falo aqui do fato de ter largado a primeira faculdade, Licenciatura em Matemática, já no início do 2º ano de curso, feito mais um ano de cursinho e só então ter entrado no curso desejado. Fugi do natural que é sair do colégio, entrar direto na faculdade, se formar e trabalhar.

Neste momento, estaria apresentando meu TCC, provavelmente, trabalhando, me formando junto com todos os meus amigos, dos quais sinto falta. Seria ótimo, eu confesso. Mas sei que não seria feliz.
            
E aí você pergunta: “E hoje?” Bom, hoje, eu ainda estou no 2º ano de Direito, não trabalho, não tenho meu próprio dinheiro. Mas eu estou muito feliz. Apesar dos “trancos e barrancos” que a Universidade me faz passar, não me vejo fazendo outra coisa.
            
Se não tivesse largado a faculdade, provavelmente, não teria conhecido as amizades maravilhosas que fiz no cursinho e que me acompanham até hoje, e das quais eu tanto sinto falta no meu dia-a-dia. As brincadeiras, os choros, as dificuldades, as alegrias. Nos encontramos quase que sem querer, entrei de penetra na “panelinha”, e aos poucos se tornaram algumas das melhores amigas que já fiz na vida.

Também não teria me tornado a pessoa que sou hoje, tão mais madura que aquela menina de 17 anos que entrou cedo demais na universidade, sem saber direito o que queria da vida, e que a vida precisou lhe ensinar da forma mais difícil.

E, também, não teria os amigos maravilhosos com os quais convivo diariamente. Pessoas com quem aprendo todos os dias, mesmo que não saibam disso; que me ajudam sempre que preciso; que estarão sempre ali pro que der e vier; que suportam todos os meus dias estranhos, todas as minhas chatices; com quem minhas tardes são sempre melhores, seja na aula, seja nas conversas ou nas jogatinas do UNO. Não há outra turma com quem eu gostaria de estudar neste momento, de passar por essa fase acadêmica, e até pelas fases que virão depois da universidade.

Então, agradeço a Deus por cada situação, por cada decisão bem tomada, porque, se eu pudesse voltar no tempo, não mudaria absolutamente nada. O que eu vivo hoje é fruto da Graça e da Misericórdia de Deus na minha vida. Não preciso de mais.

Quanto à idade, bom, como disse uma amiga, a vida é curta demais pra nos preocuparmos com isso. “Há muito o que ver, fazer, descobrir, modificar, entender...” ;)