quinta-feira, 29 de março de 2012

Até Logo

Essa semana, um dos homens mais crentes e tementes a Deus, que eu tive a honra de conhecer, faleceu. Apesar de termos sido preparados para isso, não tenho palavras pra expressar o choque que senti.

O "vovô João", como sempre o chamei, foi um exemplo de homem, sempre alegre, sempre rindo, ainda que estivesse triste. Cuidava com todo amor, paciência, carinho e dedicação de sua esposa, a linda "vovó Tereza", e de suas filhas. Os genros se tornaram filhos. Os netos, nem se fala!! Ele conquistou aos montes; os que não eram netos de sangue, foram "agregados" à família e tratados como tais, como eu.

É impossível esquecer os domingos pós-culto em que passávamos brincando, conversando e assistindo televisão em sua casa; os dias em que eu e minha irmã íamos passar o dia em sua casa, pois nossos pais ainda não tinham chegado do trabalho e não tínhamos com quem ficar; das risadas; das brincadeiras...

E também não tenho como esquecer das visitas ao hospital, em que ele sempre nos mandava chamar, e sempre nos recebia com um sorriso no rosto, mesmo com o corpo frágil ligado à um soro. Em minha última visita, antes da cirurgia, ele nos disse, em meio à risos e lágrimas, o quanto era grato ao Senhor pela família e pelos amigos que Deus lhe tinha dado.

Sim, queridos, há tempos ele estava doente. Foi guerreiro, lutou inúmeras batalhas e sempre vencia. Ele sempre voltava pra casa. E, mais esta vez, achamos que ele voltaria. Mas aprouve a Deus levá-lo. Ele já estava sofrendo muito. Creio ser egoísmo de minha parte ainda desejar que ele ficasse conosco, mas ainda é muito difícil aceitar que a hora já tinha chegado. À nós, só cabe aceitar. Ficam apenas as lembranças boas de  uma vida voltada à Deus, vivida intensamente nos caminhos do Senhor.

A dor é enorme!! Quase não cabe no peito! As lágrimas nunca são o suficiente. Eu sabia que ia doer muito, mas não imaginei que seria tanto. A saudade aperta o coração, a alma, acompanhando as lembranças. Mas Deus é maior que tudo isso. Nenhuma provação, nenhum problema é maior do que podemos aguentar e eu sei que Ele está conosco, nos consolando, nos dando forças.

E o maior de todos os consolos é o primeiro que nos vem à mente: o vovô está no Céu, ao lado de nosso amado Senhor, desfrutando de um mundo perfeito, imaculado, sem dores ou tristezas; esperando por nós. Disso eu tenho absoluta certeza! E como disse a Bia: Não é um adeus. É um ATÉ LOGO!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Aquilo que eu espero

Ontem, por acaso, abri minha página da rede social e me deparei com o link desse texto. Pensei em apenas postar em meu mural, mas achei que seria dar pouca importância à um texto que merece mais. Decidi, então, compartilhá-lo em meu blog :)

Fiz algumas pequenas modificações, apenas para adaptá-lo à minha personalidade; mas está aqui transcrito quase na íntegra.

"Esse post é tanto para os homens, quanto para as mulheres. Não quero de forma alguma “destratar” ou menosprezar os homens. Mas pelo contrário, quero mostrar um pouco do que se passa no coração de algumas mulheres e quero motivá-los a serem mais e mais parecidos com Jesus! Eu não acredito em príncipe no cavalo branco que um dia chegará, mas eu acredito em príncipe. Homens de Deus: nós, mulheres de Deus, somos filhas do Rei, então, somos princesas. Por favor, nos tratem como tal. Acreditando que vocês são filhos do Rei, esperamos ver atitudes de príncipes em vocês. Então, deixo aqui o pedido e grito de milhares de princesas: se comportem como príncipes!


O que eu espero ver em você…
  • Um homem totalmente dedicado a Deus, em querer sempre servir e, principalmente, AGRADAR a Deus em tudo e em todo o seu proceder, mesmo que para isso seja necessário que você sacrifique algo em você mesmo. Deus é a pessoa mais importante da minha vida, e se você tratá-Lo como mais um compromisso em sua agenda, saberei que você também não terá tempo para realizar o nosso momento diário de meditação da palavra de Deus;
  • Um homem que busque sempre a reconciliação, e que tenha sensibilidade e humildade, vindas do Espírito Santo, para enxergar, admitir e pedir perdão a Deus e a mim todas as vezes que você “pisar na bola”. Mostrar humildade não fará com que você seja um homem fraco, muito pelo contrário: fará eu te admirar a cada dia mais;
  • Um homem que busque o crescimento em todos os aspectos de sua vida (emocional, familiar, profissional, acadêmico e financeiro). Não desejo e nem quero que a nossa família seja rica, ou que você se vista bem, ou que eu tenha sempre um guarda roupa recheado, pois nada disso é importante para mim, mas eu não admito que você seja displicente com o seu serviço e mal agradecido pelo trabalho que você tem, seja ele qual for, porque o seu trabalho é presente de Deus, mas o próprio Deus nos dá muitas oportunidades de crescer e melhorar, e nós não podemos perder estas oportunidades. Quero que você seja trabalhador e batalhador nesta vida, bravo defensor de Deus e de nossa família, não importa sua profissão. Deus não deixará faltar nada para nossa família se fizermos a nossa parte;
  • Você não pode ter nenhum ídolo em sua vida, seja ele o dinheiro, o carro, a casa, o lazer ou a própria igreja. Se Deus não for o único ídolo em sua vida, eu não vou querer ficar com você. Não há problema algum em gostar de futebol ou de carro, pois terei o maior prazer em vê-lo jogar e em te admirar pelo seu desempenho em todas as áreas de sua vida. Eu serei a sua maior fã, e sempre te elogiarei, mas não quero que essas coisas sejam mais importantes do que Deus em sua vida;
  • Alguém que não seja apenas um observador pacífico de tudo o que eu faço, mas que seja o meu líder, o meu pastor e conselheiro, não apenas me assistindo mas realizando coisas ao meu lado, mesmo que seja apenas para me ajudar a lavar vasilhas ou a enxugá-las para mim. Não seja infantil e nem egoísta comigo e sua família;
  • Quero que você seja um rapaz que respeita, honre e ajude a sua mãe em casa, nos afazeres domésticos, e que não passe todo o seu tempo em frente a uma TV ou de um computador, mas que saiba sacrificar-se em prol de alguém, pois se eu não perceber isso em você, saberei que você não será um bom pai e um bom líder para os nossos filhos. Não quero que você seja um “empregado doméstico” para mim, e nunca pedirei esse tipo de coisa para você, mas saiba que pequenos gestos e iniciativas da sua parte são suficientes para conquistar o meu coração todos os dias;
  • Um homem que fala, age e se comporta com sabedoria. Um cara que não fica “paquerando” as moças. Desejo que você trate todas as meninas como se fossem suas irmãs, mostrando cordialidade, delicadeza e respeito por todas elas, pois se eu ver algum gesto da sua parte que leve as minhas irmãs em Cristo a se iludirem com você, fazendo com que elas se distanciem do Senhor por sua causa, eu não vou querer você ao meu lado. Eu também estou buscando a santidade e a honra em meus relacionamentos com os rapazes, para que eles não sejam prejudicados por causa do meu comportamento.
  • Não gostaria que você fosse preguiçoso, nem raivoso, e nem murmurador. Às vezes a preguiça bate, e o mau humor também, até mesmo em mim, mas eu não quero alguém que é SEMPRE preguiçoso, grosso e insatisfeito com a vida, senão nossa convivência será insuportável.

Depois que terminei de pensar em todas estas coisas imaginei que estava sendo muito exigente… Mas sabe de uma coisa? Um dia, inevitavelmente, nós não seremos apenas dois, mas seremos três, quatro, ou mais. Quando penso nessas vidinhas inocentes eu vejo que eu realmente preciso ser exigente SIM. Não quero que meus filhos vivam em um campo de batalha, mas que vivam em um lar que saiba desculpar e pedir desculpas, e que acima de tudo, saiba distribuir sorrisos.

Sei que hoje, caso eu encontre com você, talvez você não seja e nem tenha tudo isso que pensei, mas sei que Deus está te moldando aos poucos. Nem sempre é fácil fazer a vontade de Deus. A gente derrama muitas lágrimas e sofre muitas pressões sociais por causa disso. Eu também estou sendo transformada em várias áreas de minha vida, como meu humor, meu jeito de encarar os problemas e até mesmo a minha aparência, pois sei que minha aparência também é importante para você.

Com a ajuda de Cristo, sei que você conseguirá ser essa pessoa que espero, mas não por minha causa, mas por obediência a Ele, e por isso eu oro por você, mesmo sem te conhecer, para que você consiga. E oro por mim, também, pra que Ele me ajude a ser a pessoa que você espera, por obediência a Ele.

Tenho fé em Deus que conseguiremos transformar aquilo que precisa ser mudado em nossas vidas, até o dia em que nos encontraremos. Depois, juntos, nós vamos continuar moldando o nosso caráter. Eu te ajudarei e você me ajudará, até que nós dois sejamos muito parecidos com Jesus.

Esse é meu último pedido: que o seu objetivo de vida seja ser cada vez mais parecido com Jesus. Se você for esse cara, eu não terei medo de você, e não terei medo de ser submissa a você, e de ser aquilo que você sempre sonhou que eu fosse… por você."

Texto de Dani Cardoso

Postado em www.meditacoes.tk

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

21 anos

Há alguns dias, completei 21 anos de idade. Idade difícil. Não muda nada na sua vida, além de você ficar mais velho. Mas a sensação é estranha... O número deixou de ser um número redondo, acrescentou-se o ‘1’ e eu, finalmente, me sinto pulando da primeira para a segunda década da minha vida.

Quando era pequena, olhava os ‘adultos’ de 21 anos e pensava que eles eram tão grandes e maduros, imaginando que quando chegasse minha época, eu seria parecida. Não sou. Sou baixinha e, por vezes, não me sinto adulta.

No dia do meu aniversário, tenho costume de pensar no que tenho feito da minha vida, nas realizações daquele ano e compará-los aos anteriores, estabelecendo ‘metas’ para os próximos que virão, se Deus quiser.

Confesso a vocês, minha preocupação quando ‘olhei para trás’ e percebi como a minha vida poderia ter sido tão diferente se as escolhas tivessem sido outras, profissionalmente falando. Isso é óbvio.

Falo aqui do fato de ter largado a primeira faculdade, Licenciatura em Matemática, já no início do 2º ano de curso, feito mais um ano de cursinho e só então ter entrado no curso desejado. Fugi do natural que é sair do colégio, entrar direto na faculdade, se formar e trabalhar.

Neste momento, estaria apresentando meu TCC, provavelmente, trabalhando, me formando junto com todos os meus amigos, dos quais sinto falta. Seria ótimo, eu confesso. Mas sei que não seria feliz.
            
E aí você pergunta: “E hoje?” Bom, hoje, eu ainda estou no 2º ano de Direito, não trabalho, não tenho meu próprio dinheiro. Mas eu estou muito feliz. Apesar dos “trancos e barrancos” que a Universidade me faz passar, não me vejo fazendo outra coisa.
            
Se não tivesse largado a faculdade, provavelmente, não teria conhecido as amizades maravilhosas que fiz no cursinho e que me acompanham até hoje, e das quais eu tanto sinto falta no meu dia-a-dia. As brincadeiras, os choros, as dificuldades, as alegrias. Nos encontramos quase que sem querer, entrei de penetra na “panelinha”, e aos poucos se tornaram algumas das melhores amigas que já fiz na vida.

Também não teria me tornado a pessoa que sou hoje, tão mais madura que aquela menina de 17 anos que entrou cedo demais na universidade, sem saber direito o que queria da vida, e que a vida precisou lhe ensinar da forma mais difícil.

E, também, não teria os amigos maravilhosos com os quais convivo diariamente. Pessoas com quem aprendo todos os dias, mesmo que não saibam disso; que me ajudam sempre que preciso; que estarão sempre ali pro que der e vier; que suportam todos os meus dias estranhos, todas as minhas chatices; com quem minhas tardes são sempre melhores, seja na aula, seja nas conversas ou nas jogatinas do UNO. Não há outra turma com quem eu gostaria de estudar neste momento, de passar por essa fase acadêmica, e até pelas fases que virão depois da universidade.

Então, agradeço a Deus por cada situação, por cada decisão bem tomada, porque, se eu pudesse voltar no tempo, não mudaria absolutamente nada. O que eu vivo hoje é fruto da Graça e da Misericórdia de Deus na minha vida. Não preciso de mais.

Quanto à idade, bom, como disse uma amiga, a vida é curta demais pra nos preocuparmos com isso. “Há muito o que ver, fazer, descobrir, modificar, entender...” ;)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Infância

Faz tempo que não escrevo algo, mas hoje, pelo dia especial que é, precisava escrever.


A infância é uma das fases mais incríveis pela qual passamos. É ela que determina boa parte da nossa personalidade e caráter, daquilo que seremos um dia.

Quem acredita que ser criança é muito fácil, está muito enganado. Para ela, uma brinquedo adorado que quebrou, um machucado sangrando no joelho, uma 'sabatina' da tabuada amanhã na escola são detalhes que abalam todo seu universo. Do ponto vista da criança, aquilo que tem vivido é muito difícil. É normal, cada fase tem suas preocupações.

Posso, com toda certeza, dizer que a minha infância foi uma das melhores que já existiu. Vejo meus priminhos, hoje, brincando dentro de casa, calçados, onde a maior fonte de diversão é a televisão, o computador ou o vídeo-game. Eles não saem pra brincar na rua; não tomam banho de chuva; não correm até estarem lavados de suor; assistem desenhos violentos, onde a única moral é aprender a dar socos e chutes. Enfim, na minha opinião, a infância deles é muito triste.

É verdade que durante esses dias percebi que assistia à muitos desenhos na televisão, mas eram, em sua maioria, educativos e infantis. Isso mesmo: infantis. Tinham uma moral no fim; comédias inocentes; desenhos investigativos; histórias de princesas; super-heróis... Desenhos de verdade eram Mogli; A Bela e a Fera; Pocahontas; Flintstones; Super Pig; Doug; O Fantástico Mundo de Bob; e tantos outros que não seria capaz de citar aqui.

Apesar da minha 'vida televisiva' ter sido vasta, não era minha principal atividade. Eu mais brinquei que qualquer outra coisa. Lembro-me de chegar da escola, almoçar, fazer o dever de casa (o que era imprescindível para receber a permissão para brincar), assistir um pouco de TV e esperar mamãe chegar. Só quando ela chegava, à noite, podíamos sair pra brincar na rua com nossos coleguinhas. Eu e minha irmã esperávamos ansiosas pela hora em que íamos brincar de 'Elástico', de corrida, de pira-se-esconde, pira-pega. E, às 22:30h, nos despedíamos tristes e entrávamos pra tomar banho e dormir.

Certa vez, estava de castigo e não tive permissão pra sair. Gritei pela minha amiga, Valéria, que morava em frente de casa (a rua era relativamente estreita e nossos portões davam de frente um pro outro), e ficamos conversando assim: encostadas ao portão, gritando e rindo uma da outra.

Aos domingos, após o culto na igreja à noite, nossos pais conversavam até tarde enquanto eu e meus amigos brincávamos, correndo pela viela ao lado da casa da vovó. Impossível não rir ao lembrar de coisas como: quando nos escondíamos atrás de árvores; quando, ao correr, uma vez, o André bateu o joelho no para-choque do Fusca e ficamos todos ao redor tentando consolá-lo; quando a Juliana quebrou o pé em uma partida de 'Separação'; quando fazíamos aviões de papel; quando o André queria que eu, a Bia e a Fernanda aprendêssemos mais sobre os dinossauros; quando a Luciana e a Fernanda eram sempre 'café-com-leite' e elas detestavam...

Então, eu me pergunto: Como podem os pais privar seus filhos dessas coisas boas? É verdade que hoje o mundo é diferente. Tudo é perigoso. Mas certas coisas não mudam. Crianças precisam assistir bons desenhos, correr, se sujar, se machucar, comer bobagens! Crianças precisam ser crianças! Espero que um dia, quando eu for mãe, meus filhos possam ter as mesmas experiências e viverem do mesmo jeito que eu vivi quando era criança.


São tantas lembranças. Tantas coisas boas. Coisas das quais eu não me envergonho. Pelo contrário, conto a todos que quiserem ouvir. Sei ser séria quando preciso, mas não há nada que eu mais goste no mundo do que brincar, assistir desenhos antigos, conversar e rir com meus amigos. Afinal, eu sempre soube que sou uma eterna criança ;)

Feliz Dia das Crianças!! =)


Texto dedicado à todos os meus amigos de infância, inclusive os que não foram citados

terça-feira, 17 de maio de 2011

Vida de Cinema

Numa rápida visita a uma de minhas redes sociais, me deparei com esse pequeno texto em uma comunidade. Texto este tão cheio de verdade, que não pude reprimir um comentário.

“Posso te garantir que o verão solitário me deixou mais mulher, mais leve e mais bronzeada. E que, depois de sofrer muito querendo uma pessoa perfeita e uma vida de cinema, eu só quero ser feliz de um jeito simples. Hoje o céu ficou nublado, mas depois abriu o maior sol.”

Já imaginou encontrar uma pessoa livre de defeitos? Paremos pra pensar: Tudo certo, na hora certa. A surpresa perderia sua essência, pois seria sempre esperada. As brigas não mais existiriam (o que de certo ângulo, seria bom), mas conseqüentemente também não mais haveria reconciliações. EXTREMAMENTE SEM GRAÇA! É alguém que não tem nada a lhe acrescentar. Tudo será sempre igual. Você não cresce, estagna. Relacionamento é aprendizado; é crescimento mútuo; é convivência com outro ser humano, dono de defeitos e manias com as quais você precisa saber lidar. E essa é a graça!

Vida de cinema? Balela! Temos responsabilidades. Dinheiro não surge do nada e também não é infinito; ganhar na loteria é quase impossível; e herdar uma imensa quantia em dinheiro é raríssimo. O ‘amor’ de filmes hollywoodianos – na realidade, a paixão – também não é pra sempre. Sem dizer que o amor real precisa ser cultivado a cada dia. Possui altos e baixos. É como uma sementinha que necessita ser regada e cuidada diariamente. Nada é pra sempre sem luta.

Porém, apesar de conhecermos essas verdades, insistimos em procurar a pessoa idealizada e a vida perfeita com ela. E, novamente, tropeçamos e caímos.

Defendo a teoria da busca não pela pessoa perfeita, mas pela pessoa ‘perfeita pra você’, aquela por quem você faz até o impossível pra dar certo, mesmo que, assim como você, ela tenha terríveis e insuportáveis defeitos, pois é com ela que você quer construir um futuro.

Acredito, então, ser esse o jeito simples de ser feliz: alguém que eu ame verdadeiramente a ponto de aceitá-lo do jeito que é, sem muitas mudanças; uma casa por arrumar pela correria das crianças a brincar; rodeada dos amigos verdadeiros; um emprego que eu adore, mesmo que deteste o chefe... Essa é minha visão de vida perfeita, ainda que nem tão perfeita assim.

Quantas vezes não ‘quebramos a cara’ ao perceber que a vida não é esse conto de fadas com o qual fomos ludibriados na infância? E que pessoas perfeitas não existem e vidas como as de cinema são apenas Estórias? O mundo ao nosso redor parece, muitas vezes, desmoronar. E a sensação que temos é a de que levaremos séculos para reconstruí-lo. Outra mentira.

Nada é mais cheio de aprendizado que os erros, as quedas. Fazem parte da vida, infelizmente. Não é fácil, exige esforço, realmente. Leva tempo, fato. O segredo é tirar proveito dos ‘verões solitários’. É, em grande parte, através desses erros que aprendemos a lidar com as adversidades; que aperfeiçoamos nosso caráter; e que crescemos como seres humanos, nos tornando pessoas melhores.

Tempestades são normais, cabe a nós apressar a vinda do próximo dia de sol.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Pais

Esse texto deveria ter vindo antes, mas ando sem tempo de escrever. Mas, como dizem, o que vale é a intenção.

O Dia das Mães se tornou uma data de grande valor comercial. Damos presentes, cartões, fazemos declarações às nossas mães. E fim. Passou o dia e pronto. Acabou. Esquecemos de que todos os dias deveriam ser Dias das Mães e Dias dos Pais. Todos os dias deveríamos agradecer a Deus pelas pessoas que nos deram a luz e nos criaram.

Venho, aqui, então, falar de ambos os pais, e não apenas das mães. Afinal, foram os dois que sempre estiveram presentes na minha vida; que investiram emoções, tempo, dinheiro (sim, criar filhos é oneroso), enfim, dedicaram suas vidas pra que eu e minha irmã tivéssemos o que eles não tiveram quando mais jovens.

Não existem famílias perfeitas, porque os componentes dela não o são. Pecadores e imperfeitos que somos, só nos resta buscar a Deus e tê-Lo sempre presente em nosso meio, pois somente Ele é capaz de nos manter juntos nas alegrias e nas adversidades.

Existem milhões de motivos de gratidão para com eles. O maior é ter sido criada nos preceitos cristãos, nos caminhos de Deus. Preceitos estes, de tal forma arraigados em minha alma, que guiam cada passo dado, cada decisão tomada. É Cristo quem me guia nesse mundo. Minha profissão é ser serva dEle. E foram eles que me ensinaram isso.

Sou grata ainda pelo investimento que fizeram. Sem este, eu jamais estaria onde estou. Eles acreditaram em mim, sustentaram meus 02 anos de cursinho – 03 anos se contarmos o Ensino Médio . Nesse ínterim, fui contra todas as opiniões e larguei o curso de Licenciatura em Matemática (UEPA) após um ano; abri mão de muitas coisas que adoro fazer pra me dedicar apenas à luta (leia-se vestibular) pelo tão adorado e desejado curso de Bacharelado em Direito.

Jamais seria capaz de listar todos os motivos aqui. São tantos que não posso contá-los.

Meu relacionamento com meus pais é, muitas vezes, difícil. Sou dona de um gênio um tanto forte, muito parecido com o de minha mãe, tornando as discussões e brigas mais apimentadas.

Mas eu os amo mais que tudo nesse mundo. Não posso sequer imaginar minha vida sem eles, nem antes, nem agora, nem depois. Sei que não sou a pessoa mais carinhosa do mundo, mas tenho meu próprio modo de dizer o que sinto e de dizer-lhes o imenso amor, carinho e admiração que tenho.

Se, um dia, quando na posição de mãe e esposa, eu puder ser metade da mulher que ela é – e ter um marido que seja metade do homem que meu pai é – serei, com certeza, a pessoa mais feliz desse mundo.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Fugindo da Rotina

No dicionário, rotina significa o hábito de fazer uma coisa sempre do mesmo modo, mecanicamente; a repetição monótona das mesmas coisas.

Rotinas são necessárias. É através delas que buscamos alcançar um objetivo. Mas quando o tédio começa a caminhar ao seu lado, é preciso rever os conceitos.

Acordar, estudar, arrumar a casa, trabalhar, ir pra universidade, assistir aula, fazer trabalhos, provas, ficar na internet (meu vício)... Coisas do dia-a-dia. De todos os dias. Esse é meu itinerário habitual.

Não gosto de rotina. Isso é fato.

Entendam. Sou fascinada pelo meu curso. Não me imagino em outra carreira, que não a Advocacia. Dessa forma, amo estudar as matérias do meu curso – pelo menos, a maioria delas. E como boa parte do meu dia é dedicado apenas à ele, não posso dizer que não gosto do que faço. Mas, ás vezes, fica chato assistir as mesmas aulas; ler, reler o mesmo assunto; fazer sempre as mesmas coisas.

Já me disseram que um dos meus maiores problemas é a rapidez, a facilidade com que fico entediada. Não discordo. Adoro novidades. Anseio por elas em tudo o que faço.

Deixo claro que, apesar dessa busca, não ignoro ou deixo de lado - nem por um segundo - meus princípios; os preceitos cristãos em que acredito. Dentro dos meus “limites”, procuro novas coisas pra fazer. Afinal, nem todos os desvios trazem benefícios.

Não precisa ser algo extraordinário, basta ser fora do comum, qualquer coisa que lhe desvie do habitual. Dessa forma, quando começar a perceber o tédio se aproximando, procure mudanças. Reveja objetivos e conceitos; mude o visual; procure um curso auxiliar ou extra-curricular; até plantar uma mini-horta, serve...

Novidades são necessárias na vida de todas as pessoas, mas não é necessário que experimentemos coisas novas, pode-se também experimentar as coisas como se fossem a primeira vez.

Encontrar amigos há tempos não vistos; ganhar um bombom, uma rosa; fazer novas amizades (sem esquecer as antigas, é claro); convidar um(a) amigo(a) as 22h apenas para dar uma volta na cidade, conversar; dar importância à coisas pequenas que lhe acontecem no dia, são também formas de fugir da rotina e do tédio.

Baseado nisso, ARRISQUE! OUSE! SAIA DO COMUM!

"(...) Cada um se lança à vida, sofrendo da ânsia do futuro e do tédio do presente". Sêneca