segunda-feira, 28 de março de 2011

Sinceridade


É, com certeza, uma das qualidades que eu mais prezo em uma pessoa.

Não venho tratar aqui da sinceridade que leva alguém a dizer tudo o que lhe vem à cabeça, sem se importar com as conseqüências, com os sentimentos alheios. Falo da sinceridade saudável, aquela em que dizemos a verdade, o que pensamos e sentimos, de uma forma a não magoar (ou magoar o mínimo possível) as pessoas ao nosso redor. Implica, também, ser inteiramente verdadeira em todas as minhas ações (atos) e atitudes (jeito, modos).

Considero esta uma das minhas melhores qualidades, e também um dos piores defeitos. Como sincera assumida que sou, posso dizer que sempre tentei ser eu mesma em tudo o que fiz até agora. Não finjo ser outra pessoa, não tento me moldar à vontade dos outros pra que gostem de mim. Enfim, não sei ser falsa.

Jamais vou magoar alguém de propósito. (Sim! Há pessoas que magoam os outros propositalmente) Faço tudo que está ao meu alcance – e, muitas vezes, até o que não está – pra ver as pessoas ao meu redor felizes, principalmente quando se trata de pessoas que amo.

E, se um dia eu chegar a lhe magoar, me chame à parte e diga. Vou ouvir e, se estiver errada, farei de tudo pra consertar o erro e tentar melhorar. Uma crítica construtiva é sempre boa (uma crítica nunca é boa, mas quando serve pra nos tornarmos pessoas melhores, é preciso encarar de modo diferente). Claro que exige certo nível de intimidade, mas mesmo com pouca intimidade da outra parte, tento ouvir ‘numa boa’.

Por esse motivo, gosto de ser tratada da mesma forma. Não gosto de mentiras. Por mais “benéfica” que ela possa parecer, jamais minta pra mim. Arranje outra forma de me contar algo, de dar sua opinião, de me criticar... Se mentir, então minta direito, não deixe nenhuma linha solta, não deixe que eu descubra.

domingo, 20 de março de 2011

Despedidas

Esse post é dedicado a todos os meus amigos e familiares que moram fora de Belém, em cidades do Pará ou em outros estados. Não vou citá-los um por um porque são muitos e posso acabar esquecendo alguém enquanto escrevo. Além destes, dedico o post também aos que estão de malas prontas pra se mudar, independente de quanto tempo passarem fora. Sintam-se todos citados aqui.

Uma vez, minha melhor amiga me contou uma história (com ‘h’ porque é verdade): no início, quando somos novinhos, nosso coração é lindo, bem perfeitinho. Cada pessoa que conhecemos tira para si um pedacinho do nosso coração e nos dá um pedacinho do seu para substituir. E quanto às pessoas que nos decepcionam, nos entristecem ou nos deixam? Bom, elas também tiram um pedaço e cabe a nós cicatrizá-los deixando como está ou preenchendo-o novamente.

Acontece que esses pedacinhos que recebemos nunca são do mesmo tamanho e do mesmo formato que o que nos foi tirado, então nosso coração vai ficando cheio de buraquinhos e de pedaços diferentes, alguns maiores e outros menores. Mas não é por não ter mais a mesma forma de antes que ele se torna feio; pelo contrário, ele se torna mais belo ainda.

É a forma de mostrarmos como nos doamos à quem amamos. Quando formos velhinhos, vamos poder olhar pro nosso coração e relembrar cada alegria, cada paixão, cada tristeza, cada decepção, e dizer “Se pudesse voltar no tempo, teria feito tudo novamente, da mesma forma que fiz. Valeu a pena!”

Pergunta: Mas porque você está contando isso? Resposta: Quer uma característica minha? Me apego muito às pessoas, terrivelmente difícil é pra mim deixá-las ir. Mais difícil ainda é quando elas já estão na minha vida há tempos!

Meus amigos são quase tão importantes quanto minha família, pra não dizer que estão no mesmo nível – alguns até estão. Faço muita coisa por eles, ajudo de todas as formas possíveis (e até busco soluções impossíveis). Chamo de fidelidade: sou fiel às pessoas que amo. Isso é fato.

Meus amigos, vê-los partindo é muito triste! Lembro de tantos momentos que passamos juntos!!

Quando éramos crianças, as brincadeiras na frente da igreja enquanto nossos pais conversavam, as briguinhas, uma perna quebrada em uma partida de “separação”, os passeios que até hoje perduram, apesar da distância... As aulas que assistimos juntas no cursinho, as conversas malucas que faziam o professor chamar nossa atenção na frente de todo mundo, os segredos, as discussões, os comentários, os meninos belíssimos que admirávamos, os almoços... As conversas de MSN e telefone, os retiros que participamos juntos, os aniversários, as promessas de visitas (que ainda estou devendo)...

Sinto uma vontade imensa de chorar agora! Uma vontade maior ainda de abraçá-los, de arranjar uma forma de trazê-los de volta ou de não deixá-los ir... Mas sei que é por um motivo maior; algo que será pro bem de vocês; vai fazê-los feliz. E esse é o único motivo pelo qual eu me abstenho de segurá-los aqui e de pedir que fiquem.

Ir embora é natural na vida – até eu espero fazer isso um dia. Mas nem por isso se torna uma coisa totalmente boa...

Prometo não esquecê-los; lembrarei sempre dos momentos que passamos juntos. Espero ansiosamente o dia de sua volta ou, no mínimo, os dias que virão me visitar. Mandem notícias. Sinto suas faltas. Amo vocês!!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Sonhos


Primeiro post. Finalmente criei coragem pra fazer um blog pra mim. Espero que gostem.


Todos temos sonhos, desejos, planos, aspirações. Terminar o curso superior, conseguir um bom emprego, casar, ter filhos, pular de pára-quedas, escrever um livro... Sejam quais forem esses sonhos, estamos sempre em busca de nossa felicidade nesse mundo.

Parei pra pensar e percebi que, em sua maioria, eles estão relacionados à área profissional. É claro! É a partir dos resultados desta área que visamos a possibilidade de realização de outros sonhos.

Sou naturalmente sonhadora; é inerente a minha pessoa imaginar com serão as coisas de acordo com cada caminho que escolho trilhar. Mas conheci alguém que me fez repensar boa parte dos meus sonhos. Me senti tão presa a esse “mundinho” em que vivo e até um tanto sem perspectiva, tamanho são os sonhos dessa pessoa.

Sim, ainda quero me formar, casar com alguém que eu ame e ter filhos. Esses são sonhos antigos, da época de menina e estão entregues nas mãos de Deus, pois a vontade dEle é superior à minha e incomparavelmente melhor, também.

Aí você se pergunta, então, de quais sonhos estou falando. Quero viajar, me aventurar, conhecer pessoas e lugares novos. Aí fui instigada a pensar: Porque não colocar uma mochila na costa, viajar pra qualquer lugar e “se virar” por lá? Sim, foi isso que eu disse: “dar uma de mochileiro” – exatamente conhecer pessoas e lugares novos. Um mês, um ano, sei lá. Curtir a vida, dentro dos limites que me são impostos, logicamente, sem me perder no mundo.

Algumas pessoas provavelmente diriam que isso sim não passa de um sonho, uma loucura. “Essa menina ta viajando mesmo!”. Mas, na verdade, não é assim.

Faz parte da vida essa busca pela felicidade, como mencionei anteriormente. Mas, outra vez fui levada a pensar: Se eu tenho tanta disposição pra viajar a lazer, porque não viajar pra qualquer lugar, ajudar as pessoas necessitadas de bens materiais e espirituais? Pregar o Evangelho nas minhas viagens de "mochileiro".

Como minha amiga, Aline, uma vez disse (escreveu, na realidade): “a vida passa tão rápido”. Deus nos enviou ao mundo com o objetivo de usar nossos dons e vocações para a honra e glória do Seu nome. Não temos muito tempo pra isso, não é verdade? Breve virá o dia em que seremos chamados a prestar contas do que fizemos na vida terrena, do quanto contribuímos para a promoção do Reino de Deus.

É importante ressaltar aqui que toda a nossa vida, tudo aquilo que fazemos, deve girar em torno do objetivo de glorificar a Deus. Sendo assim, eu posso muito bem fazer ambos: seguir minha vocação, fazer o meu melhor naquilo que fui chamada pra fazer (Bacharelado em Direito); e, sempre que puder, sair em missões próprias, viajar com família, amigos, esposo e filhos em minhas tão sonhadas aventuras.

Sempre penso no futuro, como qualquer um. Mas, às vezes, esqueço de ver por outro ângulo aquilo que planejo: Deus está em primeiro lugar e é Ele quem rege toda minha vida. Que incrível, não é? Saber que Ele está à frente de cada passo que dou é, para mim, o melhor de todos os sonhos e aspirações. Só a partir daí sou capaz de seguir com todos os outros planos.