quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

21 anos

Há alguns dias, completei 21 anos de idade. Idade difícil. Não muda nada na sua vida, além de você ficar mais velho. Mas a sensação é estranha... O número deixou de ser um número redondo, acrescentou-se o ‘1’ e eu, finalmente, me sinto pulando da primeira para a segunda década da minha vida.

Quando era pequena, olhava os ‘adultos’ de 21 anos e pensava que eles eram tão grandes e maduros, imaginando que quando chegasse minha época, eu seria parecida. Não sou. Sou baixinha e, por vezes, não me sinto adulta.

No dia do meu aniversário, tenho costume de pensar no que tenho feito da minha vida, nas realizações daquele ano e compará-los aos anteriores, estabelecendo ‘metas’ para os próximos que virão, se Deus quiser.

Confesso a vocês, minha preocupação quando ‘olhei para trás’ e percebi como a minha vida poderia ter sido tão diferente se as escolhas tivessem sido outras, profissionalmente falando. Isso é óbvio.

Falo aqui do fato de ter largado a primeira faculdade, Licenciatura em Matemática, já no início do 2º ano de curso, feito mais um ano de cursinho e só então ter entrado no curso desejado. Fugi do natural que é sair do colégio, entrar direto na faculdade, se formar e trabalhar.

Neste momento, estaria apresentando meu TCC, provavelmente, trabalhando, me formando junto com todos os meus amigos, dos quais sinto falta. Seria ótimo, eu confesso. Mas sei que não seria feliz.
            
E aí você pergunta: “E hoje?” Bom, hoje, eu ainda estou no 2º ano de Direito, não trabalho, não tenho meu próprio dinheiro. Mas eu estou muito feliz. Apesar dos “trancos e barrancos” que a Universidade me faz passar, não me vejo fazendo outra coisa.
            
Se não tivesse largado a faculdade, provavelmente, não teria conhecido as amizades maravilhosas que fiz no cursinho e que me acompanham até hoje, e das quais eu tanto sinto falta no meu dia-a-dia. As brincadeiras, os choros, as dificuldades, as alegrias. Nos encontramos quase que sem querer, entrei de penetra na “panelinha”, e aos poucos se tornaram algumas das melhores amigas que já fiz na vida.

Também não teria me tornado a pessoa que sou hoje, tão mais madura que aquela menina de 17 anos que entrou cedo demais na universidade, sem saber direito o que queria da vida, e que a vida precisou lhe ensinar da forma mais difícil.

E, também, não teria os amigos maravilhosos com os quais convivo diariamente. Pessoas com quem aprendo todos os dias, mesmo que não saibam disso; que me ajudam sempre que preciso; que estarão sempre ali pro que der e vier; que suportam todos os meus dias estranhos, todas as minhas chatices; com quem minhas tardes são sempre melhores, seja na aula, seja nas conversas ou nas jogatinas do UNO. Não há outra turma com quem eu gostaria de estudar neste momento, de passar por essa fase acadêmica, e até pelas fases que virão depois da universidade.

Então, agradeço a Deus por cada situação, por cada decisão bem tomada, porque, se eu pudesse voltar no tempo, não mudaria absolutamente nada. O que eu vivo hoje é fruto da Graça e da Misericórdia de Deus na minha vida. Não preciso de mais.

Quanto à idade, bom, como disse uma amiga, a vida é curta demais pra nos preocuparmos com isso. “Há muito o que ver, fazer, descobrir, modificar, entender...” ;)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Infância

Faz tempo que não escrevo algo, mas hoje, pelo dia especial que é, precisava escrever.


A infância é uma das fases mais incríveis pela qual passamos. É ela que determina boa parte da nossa personalidade e caráter, daquilo que seremos um dia.

Quem acredita que ser criança é muito fácil, está muito enganado. Para ela, uma brinquedo adorado que quebrou, um machucado sangrando no joelho, uma 'sabatina' da tabuada amanhã na escola são detalhes que abalam todo seu universo. Do ponto vista da criança, aquilo que tem vivido é muito difícil. É normal, cada fase tem suas preocupações.

Posso, com toda certeza, dizer que a minha infância foi uma das melhores que já existiu. Vejo meus priminhos, hoje, brincando dentro de casa, calçados, onde a maior fonte de diversão é a televisão, o computador ou o vídeo-game. Eles não saem pra brincar na rua; não tomam banho de chuva; não correm até estarem lavados de suor; assistem desenhos violentos, onde a única moral é aprender a dar socos e chutes. Enfim, na minha opinião, a infância deles é muito triste.

É verdade que durante esses dias percebi que assistia à muitos desenhos na televisão, mas eram, em sua maioria, educativos e infantis. Isso mesmo: infantis. Tinham uma moral no fim; comédias inocentes; desenhos investigativos; histórias de princesas; super-heróis... Desenhos de verdade eram Mogli; A Bela e a Fera; Pocahontas; Flintstones; Super Pig; Doug; O Fantástico Mundo de Bob; e tantos outros que não seria capaz de citar aqui.

Apesar da minha 'vida televisiva' ter sido vasta, não era minha principal atividade. Eu mais brinquei que qualquer outra coisa. Lembro-me de chegar da escola, almoçar, fazer o dever de casa (o que era imprescindível para receber a permissão para brincar), assistir um pouco de TV e esperar mamãe chegar. Só quando ela chegava, à noite, podíamos sair pra brincar na rua com nossos coleguinhas. Eu e minha irmã esperávamos ansiosas pela hora em que íamos brincar de 'Elástico', de corrida, de pira-se-esconde, pira-pega. E, às 22:30h, nos despedíamos tristes e entrávamos pra tomar banho e dormir.

Certa vez, estava de castigo e não tive permissão pra sair. Gritei pela minha amiga, Valéria, que morava em frente de casa (a rua era relativamente estreita e nossos portões davam de frente um pro outro), e ficamos conversando assim: encostadas ao portão, gritando e rindo uma da outra.

Aos domingos, após o culto na igreja à noite, nossos pais conversavam até tarde enquanto eu e meus amigos brincávamos, correndo pela viela ao lado da casa da vovó. Impossível não rir ao lembrar de coisas como: quando nos escondíamos atrás de árvores; quando, ao correr, uma vez, o André bateu o joelho no para-choque do Fusca e ficamos todos ao redor tentando consolá-lo; quando a Juliana quebrou o pé em uma partida de 'Separação'; quando fazíamos aviões de papel; quando o André queria que eu, a Bia e a Fernanda aprendêssemos mais sobre os dinossauros; quando a Luciana e a Fernanda eram sempre 'café-com-leite' e elas detestavam...

Então, eu me pergunto: Como podem os pais privar seus filhos dessas coisas boas? É verdade que hoje o mundo é diferente. Tudo é perigoso. Mas certas coisas não mudam. Crianças precisam assistir bons desenhos, correr, se sujar, se machucar, comer bobagens! Crianças precisam ser crianças! Espero que um dia, quando eu for mãe, meus filhos possam ter as mesmas experiências e viverem do mesmo jeito que eu vivi quando era criança.


São tantas lembranças. Tantas coisas boas. Coisas das quais eu não me envergonho. Pelo contrário, conto a todos que quiserem ouvir. Sei ser séria quando preciso, mas não há nada que eu mais goste no mundo do que brincar, assistir desenhos antigos, conversar e rir com meus amigos. Afinal, eu sempre soube que sou uma eterna criança ;)

Feliz Dia das Crianças!! =)


Texto dedicado à todos os meus amigos de infância, inclusive os que não foram citados

terça-feira, 17 de maio de 2011

Vida de Cinema

Numa rápida visita a uma de minhas redes sociais, me deparei com esse pequeno texto em uma comunidade. Texto este tão cheio de verdade, que não pude reprimir um comentário.

“Posso te garantir que o verão solitário me deixou mais mulher, mais leve e mais bronzeada. E que, depois de sofrer muito querendo uma pessoa perfeita e uma vida de cinema, eu só quero ser feliz de um jeito simples. Hoje o céu ficou nublado, mas depois abriu o maior sol.”

Já imaginou encontrar uma pessoa livre de defeitos? Paremos pra pensar: Tudo certo, na hora certa. A surpresa perderia sua essência, pois seria sempre esperada. As brigas não mais existiriam (o que de certo ângulo, seria bom), mas conseqüentemente também não mais haveria reconciliações. EXTREMAMENTE SEM GRAÇA! É alguém que não tem nada a lhe acrescentar. Tudo será sempre igual. Você não cresce, estagna. Relacionamento é aprendizado; é crescimento mútuo; é convivência com outro ser humano, dono de defeitos e manias com as quais você precisa saber lidar. E essa é a graça!

Vida de cinema? Balela! Temos responsabilidades. Dinheiro não surge do nada e também não é infinito; ganhar na loteria é quase impossível; e herdar uma imensa quantia em dinheiro é raríssimo. O ‘amor’ de filmes hollywoodianos – na realidade, a paixão – também não é pra sempre. Sem dizer que o amor real precisa ser cultivado a cada dia. Possui altos e baixos. É como uma sementinha que necessita ser regada e cuidada diariamente. Nada é pra sempre sem luta.

Porém, apesar de conhecermos essas verdades, insistimos em procurar a pessoa idealizada e a vida perfeita com ela. E, novamente, tropeçamos e caímos.

Defendo a teoria da busca não pela pessoa perfeita, mas pela pessoa ‘perfeita pra você’, aquela por quem você faz até o impossível pra dar certo, mesmo que, assim como você, ela tenha terríveis e insuportáveis defeitos, pois é com ela que você quer construir um futuro.

Acredito, então, ser esse o jeito simples de ser feliz: alguém que eu ame verdadeiramente a ponto de aceitá-lo do jeito que é, sem muitas mudanças; uma casa por arrumar pela correria das crianças a brincar; rodeada dos amigos verdadeiros; um emprego que eu adore, mesmo que deteste o chefe... Essa é minha visão de vida perfeita, ainda que nem tão perfeita assim.

Quantas vezes não ‘quebramos a cara’ ao perceber que a vida não é esse conto de fadas com o qual fomos ludibriados na infância? E que pessoas perfeitas não existem e vidas como as de cinema são apenas Estórias? O mundo ao nosso redor parece, muitas vezes, desmoronar. E a sensação que temos é a de que levaremos séculos para reconstruí-lo. Outra mentira.

Nada é mais cheio de aprendizado que os erros, as quedas. Fazem parte da vida, infelizmente. Não é fácil, exige esforço, realmente. Leva tempo, fato. O segredo é tirar proveito dos ‘verões solitários’. É, em grande parte, através desses erros que aprendemos a lidar com as adversidades; que aperfeiçoamos nosso caráter; e que crescemos como seres humanos, nos tornando pessoas melhores.

Tempestades são normais, cabe a nós apressar a vinda do próximo dia de sol.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Pais

Esse texto deveria ter vindo antes, mas ando sem tempo de escrever. Mas, como dizem, o que vale é a intenção.

O Dia das Mães se tornou uma data de grande valor comercial. Damos presentes, cartões, fazemos declarações às nossas mães. E fim. Passou o dia e pronto. Acabou. Esquecemos de que todos os dias deveriam ser Dias das Mães e Dias dos Pais. Todos os dias deveríamos agradecer a Deus pelas pessoas que nos deram a luz e nos criaram.

Venho, aqui, então, falar de ambos os pais, e não apenas das mães. Afinal, foram os dois que sempre estiveram presentes na minha vida; que investiram emoções, tempo, dinheiro (sim, criar filhos é oneroso), enfim, dedicaram suas vidas pra que eu e minha irmã tivéssemos o que eles não tiveram quando mais jovens.

Não existem famílias perfeitas, porque os componentes dela não o são. Pecadores e imperfeitos que somos, só nos resta buscar a Deus e tê-Lo sempre presente em nosso meio, pois somente Ele é capaz de nos manter juntos nas alegrias e nas adversidades.

Existem milhões de motivos de gratidão para com eles. O maior é ter sido criada nos preceitos cristãos, nos caminhos de Deus. Preceitos estes, de tal forma arraigados em minha alma, que guiam cada passo dado, cada decisão tomada. É Cristo quem me guia nesse mundo. Minha profissão é ser serva dEle. E foram eles que me ensinaram isso.

Sou grata ainda pelo investimento que fizeram. Sem este, eu jamais estaria onde estou. Eles acreditaram em mim, sustentaram meus 02 anos de cursinho – 03 anos se contarmos o Ensino Médio . Nesse ínterim, fui contra todas as opiniões e larguei o curso de Licenciatura em Matemática (UEPA) após um ano; abri mão de muitas coisas que adoro fazer pra me dedicar apenas à luta (leia-se vestibular) pelo tão adorado e desejado curso de Bacharelado em Direito.

Jamais seria capaz de listar todos os motivos aqui. São tantos que não posso contá-los.

Meu relacionamento com meus pais é, muitas vezes, difícil. Sou dona de um gênio um tanto forte, muito parecido com o de minha mãe, tornando as discussões e brigas mais apimentadas.

Mas eu os amo mais que tudo nesse mundo. Não posso sequer imaginar minha vida sem eles, nem antes, nem agora, nem depois. Sei que não sou a pessoa mais carinhosa do mundo, mas tenho meu próprio modo de dizer o que sinto e de dizer-lhes o imenso amor, carinho e admiração que tenho.

Se, um dia, quando na posição de mãe e esposa, eu puder ser metade da mulher que ela é – e ter um marido que seja metade do homem que meu pai é – serei, com certeza, a pessoa mais feliz desse mundo.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Fugindo da Rotina

No dicionário, rotina significa o hábito de fazer uma coisa sempre do mesmo modo, mecanicamente; a repetição monótona das mesmas coisas.

Rotinas são necessárias. É através delas que buscamos alcançar um objetivo. Mas quando o tédio começa a caminhar ao seu lado, é preciso rever os conceitos.

Acordar, estudar, arrumar a casa, trabalhar, ir pra universidade, assistir aula, fazer trabalhos, provas, ficar na internet (meu vício)... Coisas do dia-a-dia. De todos os dias. Esse é meu itinerário habitual.

Não gosto de rotina. Isso é fato.

Entendam. Sou fascinada pelo meu curso. Não me imagino em outra carreira, que não a Advocacia. Dessa forma, amo estudar as matérias do meu curso – pelo menos, a maioria delas. E como boa parte do meu dia é dedicado apenas à ele, não posso dizer que não gosto do que faço. Mas, ás vezes, fica chato assistir as mesmas aulas; ler, reler o mesmo assunto; fazer sempre as mesmas coisas.

Já me disseram que um dos meus maiores problemas é a rapidez, a facilidade com que fico entediada. Não discordo. Adoro novidades. Anseio por elas em tudo o que faço.

Deixo claro que, apesar dessa busca, não ignoro ou deixo de lado - nem por um segundo - meus princípios; os preceitos cristãos em que acredito. Dentro dos meus “limites”, procuro novas coisas pra fazer. Afinal, nem todos os desvios trazem benefícios.

Não precisa ser algo extraordinário, basta ser fora do comum, qualquer coisa que lhe desvie do habitual. Dessa forma, quando começar a perceber o tédio se aproximando, procure mudanças. Reveja objetivos e conceitos; mude o visual; procure um curso auxiliar ou extra-curricular; até plantar uma mini-horta, serve...

Novidades são necessárias na vida de todas as pessoas, mas não é necessário que experimentemos coisas novas, pode-se também experimentar as coisas como se fossem a primeira vez.

Encontrar amigos há tempos não vistos; ganhar um bombom, uma rosa; fazer novas amizades (sem esquecer as antigas, é claro); convidar um(a) amigo(a) as 22h apenas para dar uma volta na cidade, conversar; dar importância à coisas pequenas que lhe acontecem no dia, são também formas de fugir da rotina e do tédio.

Baseado nisso, ARRISQUE! OUSE! SAIA DO COMUM!

"(...) Cada um se lança à vida, sofrendo da ânsia do futuro e do tédio do presente". Sêneca

segunda-feira, 4 de abril de 2011

M.C.E.

O texto que aqui está hoje, não é meu. É, na verdade, de autoria de uma grande amiga, Eduarda Prestes. Uma declaração, por assim dizer. Há tempos que tenho vontade de postar um de seus textos e, agora, tive a tão grande oportunidade (e porque não dizer, também, a honra) de fazê-lo. Espero que gostem tanto quanto eu gostei.



"Paro agora para falar de seres infinitamente mais importantes: meus amigos.

Incrível não ter tido uma provável inspiração anterior para dissertar sobre eles, mas hoje, hoje é especial. Hoje acordei e fui recebida com uma enxurrada de elogios sem ao menos pedir. Levantei meu astral em questão de segundos unicamente por descobrir que não sou o que sempre tive horror a ser: alguém comum.

Quem me disse tudo isto me conhece há quase três anos, é uma das pessoas por quem sinto profunda admiração, uma das escorpianas da minha vida (para não dizer A escorpiana da minha vida e isto soar tremendamente gay), daquelas que dão tapas na cara quando mereço e que ao mesmo tempo fazem essa minha vidinha de pseudo-médica uma vida tolerável de se viver, principalmente naqueles dias em que a baixa auto-estima vem fazer uma visita.

Sempre estive cercada de inúmeros colegas, sempre tive aqueles para rir de minha piadas de sacanagem, aqueles de quem sentava perto no colégio para pegar cola pra prova, aqueles que eu sempre chamei pra festas por me divertir com seus porres quase sempre vergonhosos. Já tive colegas de faculdade pras noites de corujão, colegas de ponto de ônibus, de redes sociais, de cursinhos e de vida. Colegas são pessoas de tempos em tempos recicladas, que hoje estão aqui e amanhã estão por ali, sabe Deus por onde, com outro grupinho, provavelmente nem lembrando que você existe, que anda passando por problemas ou que sua vida amorosa anda meio abalada.

Colegas são o tipo de 'amizade' mais fácil de encontrar em todos os lugares. Surgem, brotam como que por mágica de qualquer buraco. São nossos amiguinhos de momento, presentes só quando lhes convém, quando é para ser, quando tudo anda as mil maravilhas e nada dá trabalho, quando não há nem choro nem vela e para os quais a vida sempre está sorrindo.

E, contraditoriamente, do outro lado da linha sutil da amizade, encontram-se os amigos. Aquelas pessoinhas que passam as vezes dias sem falar com você, sem ligar ou dar notícias, mas que quando você encontra, a vontade é de não sair mais do lado deles, de ficar ali, abraçada naquele colo que lhe faz tão bem, faz sentir-se tão protegida e acompanhada agora de perto, por olhos que não deixam passar sua cara amassada depois da briga com o seu 'pretendente a futuro-namorado', que sabe que seus pais estão enchendo o saco por suas notas na faculdade ou aprovação no vestibular sonhado, que sabem que seu ponto fraco para o bom senso está nas suas atitudes de 'bad girl' e que vivem sua vida amorosa como se fossem as deles próprios, com direito a palavrões e promessas de assassinatos em massa.

É, meus amigos, felizes são os que tem amigos como os que eu tenho. Ou melhor, como AS que tenho. Minhas duas fortalezas, minhas meninas que não cansam desse meu lado explosivo, desse meu mau humor repentino e desta mania de achar que tudo um dia se resolve. Essas duas que me orgulham unicamente por estarem sempre ali, ao lado do telefone, na timeline do twitter, num torpedo de última hora ou estão aqui dentro, guardadas no lado esquerdo do peito de quem um dia já andou só. Minhas amigas, e digo MINHAS com toda a possessão da palavra, porque se mesmo este destino maroto, que anda pregando peças na gente, não deixa que nos separemos, quem sou eu para querer o contrário?

Meus amores, amo vocês, e baseio isso em minha filosofia de vida de demosntar carinho por quem eu gosto como se não pudesse mais o fazer numa próxima vez. Separadas no espaço, unidas no tempo, que nosso 'amor' permaneça constante e puro, sustentado por esta palavra besta que nos mantém vivas e achando graça da vida. Até a próxima oportunidade, meninas, e que ao final desta temporada, estejamos de novo estragadas em uma mesa de shopping, tomando nosso pote de sorvete.

TEXTO DEDICADO À MARCELA ROCHA E CAMILA TRINDADE, 'MINHAS MENINAS'."

segunda-feira, 28 de março de 2011

Sinceridade


É, com certeza, uma das qualidades que eu mais prezo em uma pessoa.

Não venho tratar aqui da sinceridade que leva alguém a dizer tudo o que lhe vem à cabeça, sem se importar com as conseqüências, com os sentimentos alheios. Falo da sinceridade saudável, aquela em que dizemos a verdade, o que pensamos e sentimos, de uma forma a não magoar (ou magoar o mínimo possível) as pessoas ao nosso redor. Implica, também, ser inteiramente verdadeira em todas as minhas ações (atos) e atitudes (jeito, modos).

Considero esta uma das minhas melhores qualidades, e também um dos piores defeitos. Como sincera assumida que sou, posso dizer que sempre tentei ser eu mesma em tudo o que fiz até agora. Não finjo ser outra pessoa, não tento me moldar à vontade dos outros pra que gostem de mim. Enfim, não sei ser falsa.

Jamais vou magoar alguém de propósito. (Sim! Há pessoas que magoam os outros propositalmente) Faço tudo que está ao meu alcance – e, muitas vezes, até o que não está – pra ver as pessoas ao meu redor felizes, principalmente quando se trata de pessoas que amo.

E, se um dia eu chegar a lhe magoar, me chame à parte e diga. Vou ouvir e, se estiver errada, farei de tudo pra consertar o erro e tentar melhorar. Uma crítica construtiva é sempre boa (uma crítica nunca é boa, mas quando serve pra nos tornarmos pessoas melhores, é preciso encarar de modo diferente). Claro que exige certo nível de intimidade, mas mesmo com pouca intimidade da outra parte, tento ouvir ‘numa boa’.

Por esse motivo, gosto de ser tratada da mesma forma. Não gosto de mentiras. Por mais “benéfica” que ela possa parecer, jamais minta pra mim. Arranje outra forma de me contar algo, de dar sua opinião, de me criticar... Se mentir, então minta direito, não deixe nenhuma linha solta, não deixe que eu descubra.

domingo, 20 de março de 2011

Despedidas

Esse post é dedicado a todos os meus amigos e familiares que moram fora de Belém, em cidades do Pará ou em outros estados. Não vou citá-los um por um porque são muitos e posso acabar esquecendo alguém enquanto escrevo. Além destes, dedico o post também aos que estão de malas prontas pra se mudar, independente de quanto tempo passarem fora. Sintam-se todos citados aqui.

Uma vez, minha melhor amiga me contou uma história (com ‘h’ porque é verdade): no início, quando somos novinhos, nosso coração é lindo, bem perfeitinho. Cada pessoa que conhecemos tira para si um pedacinho do nosso coração e nos dá um pedacinho do seu para substituir. E quanto às pessoas que nos decepcionam, nos entristecem ou nos deixam? Bom, elas também tiram um pedaço e cabe a nós cicatrizá-los deixando como está ou preenchendo-o novamente.

Acontece que esses pedacinhos que recebemos nunca são do mesmo tamanho e do mesmo formato que o que nos foi tirado, então nosso coração vai ficando cheio de buraquinhos e de pedaços diferentes, alguns maiores e outros menores. Mas não é por não ter mais a mesma forma de antes que ele se torna feio; pelo contrário, ele se torna mais belo ainda.

É a forma de mostrarmos como nos doamos à quem amamos. Quando formos velhinhos, vamos poder olhar pro nosso coração e relembrar cada alegria, cada paixão, cada tristeza, cada decepção, e dizer “Se pudesse voltar no tempo, teria feito tudo novamente, da mesma forma que fiz. Valeu a pena!”

Pergunta: Mas porque você está contando isso? Resposta: Quer uma característica minha? Me apego muito às pessoas, terrivelmente difícil é pra mim deixá-las ir. Mais difícil ainda é quando elas já estão na minha vida há tempos!

Meus amigos são quase tão importantes quanto minha família, pra não dizer que estão no mesmo nível – alguns até estão. Faço muita coisa por eles, ajudo de todas as formas possíveis (e até busco soluções impossíveis). Chamo de fidelidade: sou fiel às pessoas que amo. Isso é fato.

Meus amigos, vê-los partindo é muito triste! Lembro de tantos momentos que passamos juntos!!

Quando éramos crianças, as brincadeiras na frente da igreja enquanto nossos pais conversavam, as briguinhas, uma perna quebrada em uma partida de “separação”, os passeios que até hoje perduram, apesar da distância... As aulas que assistimos juntas no cursinho, as conversas malucas que faziam o professor chamar nossa atenção na frente de todo mundo, os segredos, as discussões, os comentários, os meninos belíssimos que admirávamos, os almoços... As conversas de MSN e telefone, os retiros que participamos juntos, os aniversários, as promessas de visitas (que ainda estou devendo)...

Sinto uma vontade imensa de chorar agora! Uma vontade maior ainda de abraçá-los, de arranjar uma forma de trazê-los de volta ou de não deixá-los ir... Mas sei que é por um motivo maior; algo que será pro bem de vocês; vai fazê-los feliz. E esse é o único motivo pelo qual eu me abstenho de segurá-los aqui e de pedir que fiquem.

Ir embora é natural na vida – até eu espero fazer isso um dia. Mas nem por isso se torna uma coisa totalmente boa...

Prometo não esquecê-los; lembrarei sempre dos momentos que passamos juntos. Espero ansiosamente o dia de sua volta ou, no mínimo, os dias que virão me visitar. Mandem notícias. Sinto suas faltas. Amo vocês!!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Sonhos


Primeiro post. Finalmente criei coragem pra fazer um blog pra mim. Espero que gostem.


Todos temos sonhos, desejos, planos, aspirações. Terminar o curso superior, conseguir um bom emprego, casar, ter filhos, pular de pára-quedas, escrever um livro... Sejam quais forem esses sonhos, estamos sempre em busca de nossa felicidade nesse mundo.

Parei pra pensar e percebi que, em sua maioria, eles estão relacionados à área profissional. É claro! É a partir dos resultados desta área que visamos a possibilidade de realização de outros sonhos.

Sou naturalmente sonhadora; é inerente a minha pessoa imaginar com serão as coisas de acordo com cada caminho que escolho trilhar. Mas conheci alguém que me fez repensar boa parte dos meus sonhos. Me senti tão presa a esse “mundinho” em que vivo e até um tanto sem perspectiva, tamanho são os sonhos dessa pessoa.

Sim, ainda quero me formar, casar com alguém que eu ame e ter filhos. Esses são sonhos antigos, da época de menina e estão entregues nas mãos de Deus, pois a vontade dEle é superior à minha e incomparavelmente melhor, também.

Aí você se pergunta, então, de quais sonhos estou falando. Quero viajar, me aventurar, conhecer pessoas e lugares novos. Aí fui instigada a pensar: Porque não colocar uma mochila na costa, viajar pra qualquer lugar e “se virar” por lá? Sim, foi isso que eu disse: “dar uma de mochileiro” – exatamente conhecer pessoas e lugares novos. Um mês, um ano, sei lá. Curtir a vida, dentro dos limites que me são impostos, logicamente, sem me perder no mundo.

Algumas pessoas provavelmente diriam que isso sim não passa de um sonho, uma loucura. “Essa menina ta viajando mesmo!”. Mas, na verdade, não é assim.

Faz parte da vida essa busca pela felicidade, como mencionei anteriormente. Mas, outra vez fui levada a pensar: Se eu tenho tanta disposição pra viajar a lazer, porque não viajar pra qualquer lugar, ajudar as pessoas necessitadas de bens materiais e espirituais? Pregar o Evangelho nas minhas viagens de "mochileiro".

Como minha amiga, Aline, uma vez disse (escreveu, na realidade): “a vida passa tão rápido”. Deus nos enviou ao mundo com o objetivo de usar nossos dons e vocações para a honra e glória do Seu nome. Não temos muito tempo pra isso, não é verdade? Breve virá o dia em que seremos chamados a prestar contas do que fizemos na vida terrena, do quanto contribuímos para a promoção do Reino de Deus.

É importante ressaltar aqui que toda a nossa vida, tudo aquilo que fazemos, deve girar em torno do objetivo de glorificar a Deus. Sendo assim, eu posso muito bem fazer ambos: seguir minha vocação, fazer o meu melhor naquilo que fui chamada pra fazer (Bacharelado em Direito); e, sempre que puder, sair em missões próprias, viajar com família, amigos, esposo e filhos em minhas tão sonhadas aventuras.

Sempre penso no futuro, como qualquer um. Mas, às vezes, esqueço de ver por outro ângulo aquilo que planejo: Deus está em primeiro lugar e é Ele quem rege toda minha vida. Que incrível, não é? Saber que Ele está à frente de cada passo que dou é, para mim, o melhor de todos os sonhos e aspirações. Só a partir daí sou capaz de seguir com todos os outros planos.