segunda-feira, 4 de abril de 2011

M.C.E.

O texto que aqui está hoje, não é meu. É, na verdade, de autoria de uma grande amiga, Eduarda Prestes. Uma declaração, por assim dizer. Há tempos que tenho vontade de postar um de seus textos e, agora, tive a tão grande oportunidade (e porque não dizer, também, a honra) de fazê-lo. Espero que gostem tanto quanto eu gostei.



"Paro agora para falar de seres infinitamente mais importantes: meus amigos.

Incrível não ter tido uma provável inspiração anterior para dissertar sobre eles, mas hoje, hoje é especial. Hoje acordei e fui recebida com uma enxurrada de elogios sem ao menos pedir. Levantei meu astral em questão de segundos unicamente por descobrir que não sou o que sempre tive horror a ser: alguém comum.

Quem me disse tudo isto me conhece há quase três anos, é uma das pessoas por quem sinto profunda admiração, uma das escorpianas da minha vida (para não dizer A escorpiana da minha vida e isto soar tremendamente gay), daquelas que dão tapas na cara quando mereço e que ao mesmo tempo fazem essa minha vidinha de pseudo-médica uma vida tolerável de se viver, principalmente naqueles dias em que a baixa auto-estima vem fazer uma visita.

Sempre estive cercada de inúmeros colegas, sempre tive aqueles para rir de minha piadas de sacanagem, aqueles de quem sentava perto no colégio para pegar cola pra prova, aqueles que eu sempre chamei pra festas por me divertir com seus porres quase sempre vergonhosos. Já tive colegas de faculdade pras noites de corujão, colegas de ponto de ônibus, de redes sociais, de cursinhos e de vida. Colegas são pessoas de tempos em tempos recicladas, que hoje estão aqui e amanhã estão por ali, sabe Deus por onde, com outro grupinho, provavelmente nem lembrando que você existe, que anda passando por problemas ou que sua vida amorosa anda meio abalada.

Colegas são o tipo de 'amizade' mais fácil de encontrar em todos os lugares. Surgem, brotam como que por mágica de qualquer buraco. São nossos amiguinhos de momento, presentes só quando lhes convém, quando é para ser, quando tudo anda as mil maravilhas e nada dá trabalho, quando não há nem choro nem vela e para os quais a vida sempre está sorrindo.

E, contraditoriamente, do outro lado da linha sutil da amizade, encontram-se os amigos. Aquelas pessoinhas que passam as vezes dias sem falar com você, sem ligar ou dar notícias, mas que quando você encontra, a vontade é de não sair mais do lado deles, de ficar ali, abraçada naquele colo que lhe faz tão bem, faz sentir-se tão protegida e acompanhada agora de perto, por olhos que não deixam passar sua cara amassada depois da briga com o seu 'pretendente a futuro-namorado', que sabe que seus pais estão enchendo o saco por suas notas na faculdade ou aprovação no vestibular sonhado, que sabem que seu ponto fraco para o bom senso está nas suas atitudes de 'bad girl' e que vivem sua vida amorosa como se fossem as deles próprios, com direito a palavrões e promessas de assassinatos em massa.

É, meus amigos, felizes são os que tem amigos como os que eu tenho. Ou melhor, como AS que tenho. Minhas duas fortalezas, minhas meninas que não cansam desse meu lado explosivo, desse meu mau humor repentino e desta mania de achar que tudo um dia se resolve. Essas duas que me orgulham unicamente por estarem sempre ali, ao lado do telefone, na timeline do twitter, num torpedo de última hora ou estão aqui dentro, guardadas no lado esquerdo do peito de quem um dia já andou só. Minhas amigas, e digo MINHAS com toda a possessão da palavra, porque se mesmo este destino maroto, que anda pregando peças na gente, não deixa que nos separemos, quem sou eu para querer o contrário?

Meus amores, amo vocês, e baseio isso em minha filosofia de vida de demosntar carinho por quem eu gosto como se não pudesse mais o fazer numa próxima vez. Separadas no espaço, unidas no tempo, que nosso 'amor' permaneça constante e puro, sustentado por esta palavra besta que nos mantém vivas e achando graça da vida. Até a próxima oportunidade, meninas, e que ao final desta temporada, estejamos de novo estragadas em uma mesa de shopping, tomando nosso pote de sorvete.

TEXTO DEDICADO À MARCELA ROCHA E CAMILA TRINDADE, 'MINHAS MENINAS'."

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