terça-feira, 12 de abril de 2011

Fugindo da Rotina

No dicionário, rotina significa o hábito de fazer uma coisa sempre do mesmo modo, mecanicamente; a repetição monótona das mesmas coisas.

Rotinas são necessárias. É através delas que buscamos alcançar um objetivo. Mas quando o tédio começa a caminhar ao seu lado, é preciso rever os conceitos.

Acordar, estudar, arrumar a casa, trabalhar, ir pra universidade, assistir aula, fazer trabalhos, provas, ficar na internet (meu vício)... Coisas do dia-a-dia. De todos os dias. Esse é meu itinerário habitual.

Não gosto de rotina. Isso é fato.

Entendam. Sou fascinada pelo meu curso. Não me imagino em outra carreira, que não a Advocacia. Dessa forma, amo estudar as matérias do meu curso – pelo menos, a maioria delas. E como boa parte do meu dia é dedicado apenas à ele, não posso dizer que não gosto do que faço. Mas, ás vezes, fica chato assistir as mesmas aulas; ler, reler o mesmo assunto; fazer sempre as mesmas coisas.

Já me disseram que um dos meus maiores problemas é a rapidez, a facilidade com que fico entediada. Não discordo. Adoro novidades. Anseio por elas em tudo o que faço.

Deixo claro que, apesar dessa busca, não ignoro ou deixo de lado - nem por um segundo - meus princípios; os preceitos cristãos em que acredito. Dentro dos meus “limites”, procuro novas coisas pra fazer. Afinal, nem todos os desvios trazem benefícios.

Não precisa ser algo extraordinário, basta ser fora do comum, qualquer coisa que lhe desvie do habitual. Dessa forma, quando começar a perceber o tédio se aproximando, procure mudanças. Reveja objetivos e conceitos; mude o visual; procure um curso auxiliar ou extra-curricular; até plantar uma mini-horta, serve...

Novidades são necessárias na vida de todas as pessoas, mas não é necessário que experimentemos coisas novas, pode-se também experimentar as coisas como se fossem a primeira vez.

Encontrar amigos há tempos não vistos; ganhar um bombom, uma rosa; fazer novas amizades (sem esquecer as antigas, é claro); convidar um(a) amigo(a) as 22h apenas para dar uma volta na cidade, conversar; dar importância à coisas pequenas que lhe acontecem no dia, são também formas de fugir da rotina e do tédio.

Baseado nisso, ARRISQUE! OUSE! SAIA DO COMUM!

"(...) Cada um se lança à vida, sofrendo da ânsia do futuro e do tédio do presente". Sêneca

segunda-feira, 4 de abril de 2011

M.C.E.

O texto que aqui está hoje, não é meu. É, na verdade, de autoria de uma grande amiga, Eduarda Prestes. Uma declaração, por assim dizer. Há tempos que tenho vontade de postar um de seus textos e, agora, tive a tão grande oportunidade (e porque não dizer, também, a honra) de fazê-lo. Espero que gostem tanto quanto eu gostei.



"Paro agora para falar de seres infinitamente mais importantes: meus amigos.

Incrível não ter tido uma provável inspiração anterior para dissertar sobre eles, mas hoje, hoje é especial. Hoje acordei e fui recebida com uma enxurrada de elogios sem ao menos pedir. Levantei meu astral em questão de segundos unicamente por descobrir que não sou o que sempre tive horror a ser: alguém comum.

Quem me disse tudo isto me conhece há quase três anos, é uma das pessoas por quem sinto profunda admiração, uma das escorpianas da minha vida (para não dizer A escorpiana da minha vida e isto soar tremendamente gay), daquelas que dão tapas na cara quando mereço e que ao mesmo tempo fazem essa minha vidinha de pseudo-médica uma vida tolerável de se viver, principalmente naqueles dias em que a baixa auto-estima vem fazer uma visita.

Sempre estive cercada de inúmeros colegas, sempre tive aqueles para rir de minha piadas de sacanagem, aqueles de quem sentava perto no colégio para pegar cola pra prova, aqueles que eu sempre chamei pra festas por me divertir com seus porres quase sempre vergonhosos. Já tive colegas de faculdade pras noites de corujão, colegas de ponto de ônibus, de redes sociais, de cursinhos e de vida. Colegas são pessoas de tempos em tempos recicladas, que hoje estão aqui e amanhã estão por ali, sabe Deus por onde, com outro grupinho, provavelmente nem lembrando que você existe, que anda passando por problemas ou que sua vida amorosa anda meio abalada.

Colegas são o tipo de 'amizade' mais fácil de encontrar em todos os lugares. Surgem, brotam como que por mágica de qualquer buraco. São nossos amiguinhos de momento, presentes só quando lhes convém, quando é para ser, quando tudo anda as mil maravilhas e nada dá trabalho, quando não há nem choro nem vela e para os quais a vida sempre está sorrindo.

E, contraditoriamente, do outro lado da linha sutil da amizade, encontram-se os amigos. Aquelas pessoinhas que passam as vezes dias sem falar com você, sem ligar ou dar notícias, mas que quando você encontra, a vontade é de não sair mais do lado deles, de ficar ali, abraçada naquele colo que lhe faz tão bem, faz sentir-se tão protegida e acompanhada agora de perto, por olhos que não deixam passar sua cara amassada depois da briga com o seu 'pretendente a futuro-namorado', que sabe que seus pais estão enchendo o saco por suas notas na faculdade ou aprovação no vestibular sonhado, que sabem que seu ponto fraco para o bom senso está nas suas atitudes de 'bad girl' e que vivem sua vida amorosa como se fossem as deles próprios, com direito a palavrões e promessas de assassinatos em massa.

É, meus amigos, felizes são os que tem amigos como os que eu tenho. Ou melhor, como AS que tenho. Minhas duas fortalezas, minhas meninas que não cansam desse meu lado explosivo, desse meu mau humor repentino e desta mania de achar que tudo um dia se resolve. Essas duas que me orgulham unicamente por estarem sempre ali, ao lado do telefone, na timeline do twitter, num torpedo de última hora ou estão aqui dentro, guardadas no lado esquerdo do peito de quem um dia já andou só. Minhas amigas, e digo MINHAS com toda a possessão da palavra, porque se mesmo este destino maroto, que anda pregando peças na gente, não deixa que nos separemos, quem sou eu para querer o contrário?

Meus amores, amo vocês, e baseio isso em minha filosofia de vida de demosntar carinho por quem eu gosto como se não pudesse mais o fazer numa próxima vez. Separadas no espaço, unidas no tempo, que nosso 'amor' permaneça constante e puro, sustentado por esta palavra besta que nos mantém vivas e achando graça da vida. Até a próxima oportunidade, meninas, e que ao final desta temporada, estejamos de novo estragadas em uma mesa de shopping, tomando nosso pote de sorvete.

TEXTO DEDICADO À MARCELA ROCHA E CAMILA TRINDADE, 'MINHAS MENINAS'."